Os telhados da Arábia Saudita e de Abu Dhabi podem ser a chave para a geração massiva de energia solar.

Operário realiza manutenção em painéis solares instalados no telhado, sob forte luz solar. (Imagem: FotoArtist via AdobeStock - stock.adobe.com)

A energia solar em telhados pode desempenhar um papel muito maior no cumprimento das metas energéticas nacionais na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos (EAU).

É o que afirma um novo relatório da Knight Frank, produzido em conjunto com pesquisadores da Universidade de Leeds e da Universidade de Bristol.

O relatório, intitulado "Rumo à sustentabilidade: Potencial da energia solar em telhados nos países do Conselho de Cooperação do Golfo" (Going Green: Rooftop solar potential in the GCC), avaliou a viabilidade técnica e econômica da geração de energia solar em telhados em Abu Dhabi e Riad, utilizando modelagem geoespacial, parâmetros de custo e análise de políticas.

O estudo sugeriu que os sistemas instalados em telhados, particularmente em edifícios de maior porte, poderiam dar contribuições significativas para as estratégias energéticas nacionais devido aos menores custos de geração obtidos por meio de economias de escala.

Em Riade, o relatório constatou que os sistemas de energia solar instalados em telhados de edifícios industriais e comerciais podem atingir períodos de retorno do investimento entre sete e onze anos. Isso pode ser significativo para o Reino, que tem como meta gerar 50% da sua eletricidade a partir de fontes renováveis até 2030 e alcançar emissões líquidas zero até 2060.

Grandes edifícios com mais de 1.000 m² de área útil representam mais de 26% da área de telhados de Riade. Se esses grandes telhados fossem totalmente equipados com sistemas de rastreamento solar de eixo único, o relatório estima que eles poderiam gerar tecnicamente 17.500 GWh por ano – o equivalente a 40,7% do consumo anual de eletricidade de Riade em 2023.

Em Abu Dhabi, a energia solar em telhados permanece "significativamente subutilizada", representando menos de 1% da capacidade solar instalada. No entanto, a análise identifica 42,8 km² de área utilizável em telhados, o equivalente a cerca de 55,5% da área ocupada pelo Parque Solar Mohammed Bin Rashid, em Dubai. Em condições favoráveis, conclui o estudo, grandes sistemas de energia solar em telhados podem atingir a competitividade de custos em escala de concessionária, evitando perturbações no solo e utilizando a infraestrutura existente.

Os autores do relatório afirmaram: “Na última década, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos se consolidaram como os produtores de energia solar mais econômicos do mundo. Projetos como Noor Abu Dhabi, o Parque Solar Mohammed Bin Rashid Al Maktoum, Sakaka, Sudair e Al Shuaibah alcançaram tarifas recordes, abaixo de AED 0,06/kWh, demonstrando a competitividade da energia solar em climas desérticos.”

“A próxima etapa de crescimento estenderá esse sucesso de parques solares remotos para ambientes urbanos e industriais, onde a demanda de energia é concentrada. Sistemas solares em telhados e no local podem fornecer eletricidade diretamente aos usuários finais, reduzindo as perdas na rede, aliviando a pressão nos horários de pico e promovendo a independência de grandes consumidores.”

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